Eu sou quem sou
E não estou em mim só de visita
Paro, penso, e assim fujo dessa Kriptonita
Tonto, meio cego em tiroteio
Sigo alheio, sem me olhar para trás
Tanto faz se faz sentido ou se não faz
Eu continuo, não recuo, desconstruo
Acometido de uma paz que está no meio
Entre a calma e o receio de chegar a enlouquecer
A minha alma sobrevoa e saboreia
Tão à toa quanto alheia, sem nunca saber dizer
Eu sou quem sou
E há um fio de certeza
De que a minha natureza
É a mesma natureza
Que criou a eternidade
De onde veio
Essa estúpida vaidade
De querer prevalecer.