domingo, 14 de abril de 2013

Canção do Noturno Mar

Mar que estala nos flancos
De minha cidade
Longínquos bancos de areia
Na aldeia da modernidade
O morro observa os fragores
A espuma, o hiato contido
Um silêncio entre amores
Da grande onda que vem
Da lua noite apagada
Deste momento único
Que os índios conhecem
Quando descem e param
Para ver
Para domar as águas
As que vêm do mar
E as que depois fazem chover
...

Peito que inspira o ar molhado
Dentro do vento parado
Perto da hora de ir
Um pensamento deixa a praia
A praia que na maresia acabou
Na maresia acabou de sumir.



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