segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Rabuja


Picaretas, falsos iconoclastas e bicões     
Ventríloquos da fábula midiática
Vergonha errática dos probos e dedicados
Vocês que são nada mais do que meras repetições
Que não passam de enlatados
Que não viram a cor do medo
Subjugados, em segredo, sob o sem dó da voraz saraivada
Vocês que, se fossem um só, este um não seria capaz de nada
Senão deste arremedo, desta sopa aguada
Vocês que são de meia tigela, meia boca
Vocês, homens e mulheres cópia
Imagens vis da inópia, da desdita
Qual será o nome da próxima birita
A que fará cada um de vocês vomitar
Oh! Quem diria, virou "Balada da Apatia Popular"
Qual seria o nome da mais nova onda
Do próximo ratazana musical, a nova catita anencéfala
Photoshopiando a Gioconda em seu mural
Com sua cara de bunda imitando paz e amor     
Ora, façam-me o favor! 
Isto é calunga do mercado fonográfico
Da tendência do momento estatístico
Do movimento virtual horrífico e poético
Que cria monstros quem nem assustam mais ninguém
Onde se esconde, quer dizer, veio de bonde ou de trem?
O pária sensacional que também não irá sobreviver
Mas que a otária multidão terá que absorver
Vocês, filhos e filhas de Deus
Deus? Como assim “Deus”?
Ele que cuide lá dos seus lundus
Por que, por aqui, vou dizendo
Vocês vão tomar nos seus cus
Corja de desocupados de quem a verdadeira arte desistiu
Sim, vocês parte da forja hedionda desta prensa  
E a quem eu digo de lambuja – antes que me fuja e sem ofensa:
Vão todos à puta que os pariu. 



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