quarta-feira, 20 de março de 2013

Cantilena da Hora Sem Nome


Mais sopro que bem o clarão
No vão das ruas esquecidas.
As vidas vagando nas docas,
As bocas e os olhos sem cor.
Um triste lupanar sobrevivo,
A eterna ausência de amor.
E a cidade adversa, calada...
Já não há mais nada a dizer.
Tudo é tão madrugada
Dentro das alcovas e fora,
Que até perece ser agora
Que até nem vai amanhecer.
Poderia congelar o tempo
O estranho deste movimento,
O desvelo se quedar de ilusão.
Acontece que já é quase dia,
Apesar da candora calmaria,
Embora só fantasia, solidão.


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