Não pensar
Que o verbo
é que sente
Não querer
ou agir com a mente
Que querer é
ferir, querer é falhar
Querer é só
coisa de gente
Deixar-se ao
ir do poema
Sentir a
poesia chegar
Parar,
ouvir, fruir: parar...
Que a branca
página
Não precisa
nem imaginar
Mas não é brinquedo
Nem tampouco
é tão sério
É apenas
poesia
Que vem somente
por vir
Para
quem não tem medo
Com seu
existir quase etéreo
E só depois
que o poeta sumir.
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