Música escassa
Melodia pálida
Mínima que
passa
E não se
ouve
Colcheia inválida
Música fétida
Hermética ideia
Som sem prodígio
Sem visgo
Pouco
vestígio
para muita plateia
Nova canção
Qual o quê!
Basta ouvir que se vê:
Mesma burrice
Outra ilusão
Crendice tola
Som que tine
Que zune
E pune
Que imola
Os ouvidos
meus
Espécie de
tortura
Contraponto moleque
Colapso de
mesura
Tonto salamaleque
Pérfida
tablatura
Gasto de
tinta, tempo e papel
Que nem
mesmo o céu te quer
Música abjeta,
obsoleta, cruel
O espaço te
projeta em remedo
Fazendo ecoar
em segredo
O cansaço
que te ouvir provoca
Ânsia de vomição
e desmaio
Ao perceber
que cada zangão
Cada um que
é teu lacaio
Não sabe
daquilo que escuta
Nem muito
menos do que toca
Música rota –
Que o termo
em si refuta
Música sem orna
e sem dó
Diabo de
música escrota
Bigorna de
uma nota só
...
Oh! Barulho filho
da puta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aqui, você.