quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Poética Distêmica


Poema de amor baldio
A dor e o medo ainda
Alheios, os espasmos
Poesia crassa, estúpida
Obsoleta cantilena

Nada vale a pena

Os músculos rangem
Versos de mentira
Placebos, hediondos
Versos falsos, pilhéria
Vocábulos ocos
De sentido, alma
Desaires surdos
Corpos mortos
Estas palavras vãs
Sem nenhum remédio
Aduncas sílabas
Inútil vai-e-vem...
Poesia híbrida, churra
Poema alquebrado
Mero embuste combalido
Isto aqui não cura ninguém.


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