domingo, 3 de fevereiro de 2013

Poema Cansado


O ar dilatado do poema
Dentro do peito
Tudo emana e pulsa
Para fora e leva
A dor que sente
O Espírito, calada
A mesma dor de antes
O verso de sempre
Tonto, bêbado de palavra
E de silêncio, que de silêncio
Em silêncio se desfaz
Num rito que trata
Sem cura e deixa
Trôpega a réstia de voz
De tanto não haver
Nem nunca para quem dizer
Por quem gritar
Nem mesmo o seu algoz. 


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