Foi quando,
então, gritaram
Oh! Cuidado,
ele está escrevendo
Um poema! Tive
de parar, de ombros
Todos o
fizeram, súbito, a praça, os pombos
O som tanino
daquela palavra
O
pensamento, a própria admoestação em si
Haveria uma
dor, um alguém, quem sabe perto dali
Mas como
assim, um poema?!
Quão inútil,
mero, tanto quanto inapropriado
Aquelas
rastilhas linhas, e eu
Eu aqui, saltando
entre as ilhas minhas
A caminho do
meu trabalho
Tão cedo e eu
já tão esgotado...
O alvoroço tinha
um quê de idolatria –
O velho
escrevendo cansado, velho –
O velho que
escrevia
Como se só
restasse aquilo
Aquele
próximo verso a manter-lhe vivo
Entre passantes,
casas fantasmas
Até olhos de
falso desdém
Ou teriam um
outro motivo?
E, se sim,
qual quem?
Ou estariam querendo
dizer
Cuidado! Ele
vai morrer
Não deixem o homem
escrever
Este homem
não é mais ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aqui, você.